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14.03.2025 04:45 PM
O ouro atinge um recorde próximo de US$ 3.000 por onça. Por que os investidores estão abandonando as ações em massa?

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Correção do mercado de ações

Os índices de ações mundiais apresentaram quedas significativas na quinta-feira, e o índice S&P 500 entrou oficialmente em uma fase de correção. Os investidores preocupados com a possibilidade de aumento da inflação e com a desaceleração do crescimento econômico devido à escalada dos conflitos comerciais começaram a mudar em massa para ativos mais seguros, incluindo os títulos do Tesouro dos EUA.

Pela primeira vez desde 19 de fevereiro, o S&P 500 (.SPX) fechou mais de 10% abaixo de seu nível recorde. Isso foi um sinal para os participantes do mercado sobre os sérios riscos associados à política comercial global dos EUA.

Nova ofensiva tarifária de Trump

As preocupações se intensificaram após as novas declarações de Donald Trump. O presidente dos EUA anunciou sua intenção de impor tarifas de 200% sobre bebidas europeias, caso a União Europeia não suspenda sobretaxas sobre o uísque americano. O anúncio veio logo após a entrada em vigor das novas tarifas sobre aço e alumínio, que agora se aplicam a todas as importações desses metais para os EUA.

Sinais fracos da economia

Os dados do Departamento do Trabalho dos EUA, divulgados na quinta-feira, mostraram uma estagnação inesperada nos preços ao produtor (CPI) em fevereiro. Ao mesmo tempo, as estatísticas de quarta-feira mostraram que o ritmo de crescimento dos preços ao consumidor foi menor do que o esperado.

Apesar dessa "trégua" temporária nas pressões inflacionárias, os participantes do mercado não estão relaxando. Os investidores continuam a considerar os riscos de longo prazo associados às guerras tarifárias e estão se preparando para um possível impacto no crescimento econômico nos próximos meses. Mercados de ações sob pressão. Os investidores estão buscando ativos seguros. As guerras comerciais estão ganhando força. O que isso significa para a economia global?

Principais índices de Wall Street perdem terreno

Os mercados acionários dos EUA ficaram novamente sob pressão na quinta-feira. O S&P 500 (.SPX) caiu 1,39%, perdendo 77,78 pontos e encerrando o dia em 5521,52. Essa queda foi mais uma confirmação de que o mercado dos EUA está passando por uma correção.

O Dow Jones Industrial Average (.DJI) também estava na zona de risco, caindo 1,30% (menos 537,36 pontos) para 40.813,57. Isso significa que ele está cerca de 9,4% abaixo de seu último recorde histórico.

O índice Nasdaq Composite (.IXIC), de alta tecnologia, sofreu um impacto ainda maior. Ele caiu 1,96%, perdendo 345,44 pontos, e fechou em 17.303,01. Desde o início de março, o Nasdaq já perdeu mais de 14%, o que o confirma oficialmente na fase de correção.

O mercado de ações e os ciclos de correção

A história mostra que os movimentos de correção no mercado de ações estão longe de ser incomuns. De acordo com uma análise da Reuters baseada em dados da Yardeni Research, o índice S&P 500 passou por 56 correções desde 1929. Entretanto, apenas 22 delas levaram à formação de um mercado em baixa (ou seja, um declínio de 20% ou mais em relação ao recorde de alta anterior).

A tendência negativa afetou não apenas os índices americanos, mas também o mercado global. O MSCI World Stock Index (.MIWD00000PUS) caiu 1,12%, perdendo 9,33 pontos e fechando em 821,52. Ele está agora mais de 7% abaixo de seu recorde de alta mais recente e atingiu seu nível mais baixo desde setembro do ano passado.
Os mercados europeus também não conseguiram evitar a queda. O índice pan-europeu STOXX 600 (.STOXX) apresentou um leve declínio de 0,15%, embora tenha ganhado 0,81% durante o pregão anterior.

O que vem a seguir? Os investidores aguardam novos sinais

Os mercados continuam a reagir às tensões comerciais dos EUA, à alta volatilidade e a uma possível desaceleração do crescimento econômico global. A questão é se a correção atual se transformará em uma tendência de baixa em grande escala ou se os investidores verão uma recuperação em breve.

Recordes de alta em meio à turbulência comercial

Os preços do ouro atingiram recordes históricos na sexta-feira, impulsionados pela crescente incerteza econômica, pela escalada das tensões comerciais e pelas expectativas de mais flexibilização por parte do Federal Reserve dos EUA.

O ouro à vista ficou em $2.984,71 a onça, às 07:01 GMT, uma queda de 0,1% em relação ao recorde de alta de $2.993,80. Os investidores estão de olho no preço, já que o ouro paira perto da marca psicológica chave de US$ 3.000.

Apesar da ligeira correção, o metal precioso continuou a subir pela segunda semana consecutiva, aumentando 2,5% no período. Os contratos futuros de ouro dos EUA também se fortaleceram, subindo 0,2%, para US$ 2.997,50.

A greve retaliatória da UE e as novas ameaças tarifárias

A guerra comercial iniciada pelos EUA está ganhando força. Em resposta ao aumento das tarifas de Washington sobre as importações de aço e alumínio, a União Europeia anunciou um imposto de 50% sobre o uísque americano.

Donald Trump foi rápido em responder: por meio de sua rede social Truth Social, ele ameaçou impor tarifas de 200% sobre vinhos e bebidas alcoólicas europeias. Essa declaração causou mais nervosismo nos mercados financeiros e aumentou a demanda por ativos seguros, incluindo o ouro.

A barreira dos US$ 3.000: realidade ou especulação?

Os especialistas observam que o nível de US$ 3.000 por onça está se tornando não apenas uma referência psicológica, mas um ponto-chave para futuros movimentos de preços. De acordo com o analista Rong, diante da crescente incerteza nos mercados, o ouro continua sendo um dos poucos ativos confiáveis, especialmente devido à possível nova rodada de restrições comerciais no segundo trimestre.

A inflação e a instabilidade econômica alimentam o crescimento dos preços

Com a introdução de novas tarifas, a expectativa é que não apenas o impasse comercial seja exacerbado, mas também que a pressão inflacionária aumente. Isso cria condições ideais para um maior crescimento dos preços do ouro, que já atualizaram os máximos históricos várias vezes em 2025.

Um ativo de refúgio seguro em uma era de instabilidade

Tradicionalmente, o ouro é visto como um instrumento de hedge confiável durante períodos de incerteza política e riscos de inflação. No contexto da escalada dos conflitos comerciais e da instabilidade nos mercados de ações, a demanda pelo metal precioso continua alta, fortalecendo sua posição como um importante ativo de refúgio seguro.

Foco no Fed: Mercado aguarda decisões

O principal fator que pode influenciar a dinâmica dos preços do ouro nos próximos dias é a reunião do Federal Reserve dos EUA, marcada para quarta-feira. O mercado espera que o banco central mantenha a taxa de juros na faixa de 4,25% - 4,50%, em linha com as previsões dos analistas.

Os investidores estão atentos à retórica do Fed, já que seus próximos passos podem determinar os custos de empréstimos e as estratégias de investimento para os próximos meses. Como o ouro não gera rendimento por juros, sua cotação tende a se beneficiar em um cenário de juros baixos e dólar mais fraco.

Outros metais preciosos: movimentos mistos

Enquanto o ouro segue em alta, outros metais preciosos apresentam dinâmicas distintas:

  • Prata avançou 0,2%, atingindo US$ 33,86 por onça;
  • Platina recuou 0,3%, sendo negociada a US$ 991,34;
  • Paládio foi um dos destaques positivos, subindo 0,7% para US$ 964,45.

Os investidores seguem atentos ao Fed. O que acontecerá com o mercado de metais preciosos caso o banco central altere sua política monetária?

Thomas Frank,
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